Visando as dificuldades do mundo atual, adolescentes do Reino Unido se dizem “desesperados” quanto ao futuro.

Uma pesquisa realizada pela YouGov entre os adolescentes britânicos, sobre suas perspectivas para o futuro, revelou que metade espera ter uma vida pior que a dos pais.  

A empresa de pesquisas YouGov, que fica no Reino Unido, entregou o resultado para a instituição de caridade infantil Barnardo's, a fim de esclarecer sobre as apreensões dos adolescentes

Foram entrevistados 1.001 adolescentes de 14 a 17 anos e as principais preocupações foram dinheiro, oportunidades de emprego e mudanças climáticas, conforme o Premier Christian News. 

Mais da metade, ou seja 55% expressou a crença de que suas vidas seriam piores que a dos pais quando chegassem aos 30 anos. Além disso, 34% acredita que a futura geração de crianças não se sairia melhor.

‘Desesperados quanto ao futuro’

Ainda conforme os resultados obtidos através da pesquisa, “9% dos adolescentes entrevistados admitiram sentir-se desesperados quanto ao seu futuro”. 

“Todo mundo está passando por dificuldades atualmente. Minha mãe luta para pagar as contas e ela é enfermeira com mestrado. Eu não sou tão inteligente, então imagine que minha vida será mais difícil que a dela. Costumávamos poder sair de férias, mas mamãe não tem mais dinheiro para isso”, respondeu um dos entrevistados.

“Meus pais conseguiram a hipoteca aos 21 anos. Não acho que as pessoas da minha idade conseguirão fazer isso”, respondeu outro.

A pesquisa destacou que “as preocupações financeiras pesam muito na mente dos entrevistados, com 19% temendo que teriam dificuldades para viver confortavelmente devido a finanças inadequadas aos 30 anos”. 

Além disso, 10% dos adolescentes disseram que se sentiam desempoderados, acreditando que não seriam capazes de alterar as suas trajetórias futuras.

‘Os jovens precisam ter voz na igreja’

Em entrevista ao Premier Christian News, Sam Richards, que é o chefe do Trabalho Infantil e Juvenil da Igreja Reformada Unida, disse que acredita que “a experiência vivida pelos adolescentes tem muito a ver com a sua esperança para o futuro”. 

Ao falar sobre a desesperança deles, Richards atribui ao que estão ouvindo através dos meios de comunicação, sobre desemprego e alterações climáticas: “As gerações anteriores ouviam que as coisas iriam melhorar”. 

Ao concluir, Richards disse que os jovens precisam ter voz na igreja: “Se realmente formos capazes de ouvi-los, poderemos ajudar toda a igreja a mudar”.